Foliões aprovam investimentos do Governo e Prefeitura em trios independentes

Em 2019 os trios independentes se consolidaram: artistas de peso, como Ivete Sangalo e Anitta, desfilam mais uma vez para a pipoca sem cordas nos dois principais circuitos do Carnaval. Por outro lado, os investimentos por parte do Governo do Estado e da Prefeitura somam, juntos, mais de R$ 60 milhões usados para pagar os cachês dos artistas que fazem parte da programação.

Da esquerda para a direita: Regina Prisco, Lívia Campos, Robert Mendes e Taís Florentino

Os foliões do Circuito Dodô que conversaram com o Aratu Online nesta segunda-feira (4/3), porém, aprovaram a ação das autoridades. “Acho bom porque populariza o Carnaval, não ficamos restritos a pagar um bloco, torna a música boa acessível para todo mundo”, opina Lívia Campos, de 37 anos. Para a bancária, o problema é não investir em artistas baianos e pagar para cantores de fora, como Anitta e Pablo Vittar. “Tem muita gente aqui com talento e sem oportunidade de se apresentar na festa, acho só que eles poderiam dar essa chance para os que são daqui”.

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Regina Prisco, de 53 anos, tem a mesma opinião. “É ótimo para a população, para todo mundo poder se divertir, não só os ricos, porque só as pessoas que tem dinheiro conseguem pagar camarote e uma vez que todo mundo pode participar eu acho, sinceramente, uma boa ideia”.

O turista Robert Mendes, de 27 anos, vê os trios independentes com bons olhos. “O Carnaval sendo de uma forma popular faz com que cada um aproveite de uma forma melhor, então acho que cada vez que eles conseguem investir nisso torna o Carnaval ainda mais democrático”, disse o produtor de eventos que reforçou ainda a importância da diversidade de artistas nos circuitos.

A nutricionista Taís Florentino, de 35 anos, acredita que isso “dá oportunidade para outras pessoas participarem da festa”. “É importante porque esse formato atrai mais pessoas para nossa festa. Os abadás acabam segregando mais quem curte o Carnaval e eu não acho isso bom para as pessoas que não podem pagar mas querem fazer parte do Carnaval”.