Cultura

Cantor mais velho de afro, compositor do “Pérola Negra” vive ostracismo no Carnaval

Cantor mais velho de afro, compositor do “Pérola Negra” vive ostracismo no Carnaval

Por Carolina Costa

Cantor mais velho de afro, compositor do “Pérola Negra” vive ostracismo no Carnavaldivulgação/Irdeb

“Êêê, pérola negra

Pérola negra Ilê Aiyê,

Minha pérola negra”


Certamente você já ouviu a música de outros Carnavais. Ele foi composta por Agnaldo Pereira da Silva, o “Guiguio”. Ele ganhou notório reconhecimento ao comandar os vocais do bloco afro Ilê Aiyê por 27 anos.


Hoje, porém, a realidade dele é diferente. Há três anos, o artista não consegue uma resposta positiva dos editais públicos para os quais se inscreveu. “Não tem resposta nenhuma”, lamenta ele, em contato com o Aratu On.


Com quase quatro décadas de carreira, “Guiguio” passou pelos grupos Badauê, Apaches do Toróró, Olodum, e é o mais antigo cantor de bloco afro ainda em atividade. Ele também é compositor de outros sucessos, além do “Pérola Negra”, reconhecidos nas vozes de artistas como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Araketu.


Maurício Souza, o “Mr. Argmeng”, filho e produtor do músico, conta que o inscreveu nos editais do Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar), da Secretaria de Cultura (Secult) e da Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiartursa). “Guiguio” não foi selecionado para os dois primeiros, e aguarda o resultado da Bahiatursa, que deve sair ainda nesta quarta (27/2).


“A gente entende que os artistas que tem notoriedade e que tenham qualidade artística sejam aprovados, né? Meu pai tem 38 anos de carreira, já participou de 33 carnavais, é um artista reconhecido e reverenciado por grandes nomes da música, mas infelizmente, existe um processo de seleção que está invisibilizando ele”, explica Mr. Armeng.


Após a saída do Ilê Aiyê, Guiguio investiu em uma carreira solo, porém, sofreu um AVC e precisou se afastar dos palcos durante dois anos. Após sua recuperação, em 2016, o produtor relata que tentou impulsionar a volta dele para o cenário musical, porém, não tem tido incentivo.


“Esse ano, eu coloquei ele na categoria ‘antigos carnavais’, na Secult, porque ele é o cantor de bloco afro mais antigo, e não conseguimos. Tô no aguardo desse último edital pra ver o que acontece”, esclareceu.


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