NA BRONCA: Foliões reclamam da ‘ausência’ e da sujeira nos banheiros químicos nos circuitos
NA BRONCA: Foliões reclamam da ‘ausência’ e da sujeira nos banheiros químicos nos circuitos
Não bastasse ter fôlego e energia para aguentar os dias de carnaval, baianos e turistas tiveram que aguentar outra maratona. Desta vez, uma nada agradável, tampouco favorável. Pois é… fazer as necessidades fisiológicas acabou sendo um verdadeiro calvário nos circuitos da folia. E não são eram só os homens que urinaram nas ruas, muitas mulheres procuraram um lugar ?mais tranquilo? para se aliviarem.
A verdade é que a maioria das pessoas, especialmente os homens, não tiveram paciência de aguardar na fila do banheiro. Além disso, outra queixa era era quanto à sujeira dos sanitários. ?É melhor até fazer na rua porque os banheiros são imundos e fedem?, comentou um dos mijões, que preferiu se manter anônimo. ?Quando a vontade vem, não dá para segurar. Se não tiver banheiro, faço em algum lugar estratégico?, afirmou a professora, Gleide Costa.
Alguns moradores do circuito aproveitaram a ocasião para ganhar uma grana extra. Cobrando uma taxa para os foliões usarem os banheiros. As taxas variavam entre R$ 5 e até R$ 15. Instalados em pontos estratégicos, os banheiros químicos não atenderam o grande fluxo popular.
De acordo com Carol Silva, 50, não foi nada fácil achar um local para fazer xixi com estrutura e segurança. “Andei do Garcia até aqui , no corredor da Vitória e não achei um banheiro químico sequer”, bradava a funcionária pública.
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A Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), disponibilizou para o Carnaval deste ano 3 mil banheiros químicos, um acréscimo de 13% em relação ao ano passado, quando foram instalados 2.613 equipamentos do tipo.
Neste ano, 72 contêineres climatizados completaram o serviço disponibilizado ao folião. “De que adiante ser climatizado e estar todo sujo por dentro?”, chiava Paulo Fonseca. Pela primeira vez em Salvador, o paulista lamentou a situação. “Sei que é uma festa para milhares de pessoas, mas se não ofertam uma boa infraestrutura não tem outra solução a não ser fazer xixi na rua”, justificou-se.
Segundo o presidente da Limpurb, Kaio Moraes, ?após o Carnaval, será realizado um estudo técnico operacional, com profissionais especializados, para observar os locais onde houve mais reclamações de ?xixi? na rua e quaisquer outras queixas. Vamos avaliar se é possível instalar ou deslocar os equipamentos no local e, a partir daí, tomaremos as medidas cabíveis.? .
Ainda de acordo com Moraes, durante todos os dias de Carnaval, a Limpurb contou com uma equipe de 3.855 colaboradores, sendo 936 na Coordenação e no Apoio, 1.339 agentes de limpeza e 1.580 serventes de sanitários públicos (químicos e climatizados).
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*Publicada originalmente às 17h47