“Que cinema da Bahia não enfrenta vez ou outra baixa frequência?”, diz diretoria da Walter da Silveira
“Que cinema da Bahia não enfrenta vez ou outra baixa frequência?”, diz diretoria da Walter da Silveira
Na última quarta-feira (24/2), o Aratu Online publicou uma reportagem sobre a sala de cinema Walter da Silveira — localizado na Biblioteca Pública dos Barris. Aproveitando a semana do Oscar, enviamos uma equipe para ver como funciona o espaço, mantido pela DIMAS (Diretoria de Audiovisual, da FUNCEB — Fundação Cultural do Estado da Bahia).
Lá encontramos uma sala com apenas três espectadores, sendo que apenas um ficou até o fim da sessão. Nesta sexta-feira (26/2) a DIMAS respondeu a nossa reportagem.
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Por meio de nota, sobre o baixo público, a diretoria questionou: “que cinema da Bahia na tarde de uma terça-feira não enfrenta, uma vez ou outra, baixa frequência?”, além de completar que: “passou ao largo da reportagem, que não procurou dados mais amplos e consistentes, que a frequência do cinema cresceu 10% no último ano”.
Os dados apurados pela reportagem, junto à bilheteria do cinema, referente a janeiro de 2016, indicaram outra tendência. No mês foram utilizados 547 ingressos de pessoas pagantes; 146 convites e 235 entradas em filmes gratuitos, dando uma média de 30 telespectadores por dia. Já do dia 1º de fevereiro até o dia que nossa equipe foi até o cinema haviam sido vendidos 257 ingressos.
A nota diz ainda que não pode concordar “com o tom da reportagem ao erigir uma hipótese que a Sala Walter é um espaço frequentemente esvaziado pelo flagrante de apenas um dia de exibição isolado”.
A reportagem do Aratu Online também relatou constantes erros de programação sobre o cinema publicada nos jornais. A diretoria de audiovisual rebateu informando que mantém uma página no facebook onde atualiza — “várias vezes por dia” — a programação.
A nota diz ainda que: “a escolha dos filmes a serem exibidos no espaço, ressaltamos que, tradicionalmente, a Sala Walter, fiel ao legado do grande crítico cinematográfico baiano que lhe empresta o nome, sempre cumpriu um importante papel de difusão audiovisual e formação e reflexão no Estado, através não só da exibição regular de filmes, como por meio de projetos como o ?Cineclube Walter da Silveira?, que promove debates com convidados das mais diversas áreas”.
Em outro trecho, a DIMAS rebate um a reportagem que afirma que a sala Alexandre Robatto — também administrado pela diretoria da Funceb — está fechada durante o verão. “Nesta semana, por exemplo, a sala acolhe um ciclo de cursos voltados para a capacitação de produtores baianos, oferecido gratuitamente através de parceria com a ANCINE, Unidade Técnica do Prodav e Associação dos Produtores de Cinema e Vídeo da Bahia (APC)”.