Cultura

DA PREVENÇÃO À ORAÇÃO: Foliões relatam as táticas usadas para se proteger do Zika vírus e da AIDS durante o Carnaval

DA PREVENÇÃO À ORAÇÃO: Foliões relatam as táticas usadas para se proteger do Zika vírus e da AIDS durante o Carnaval

Por Diego Adans

DA PREVENÇÃO À ORAÇÃO: Foliões relatam as táticas usadas para se proteger do Zika vírus e da AIDS durante o CarnavalDiego Adans

Câmera fotográfica, em mãos. Boné, na cabeça. Documento de identidade, na carteira. Pronto…já está tudo ok para curtir a folia. Certo? Errado. Faltava o principal: passar o repelente pelo corpo. E, foi assim, seguindo à risca as recomendações da Secretaria Municipal da Saúde, que o casal paulista Emílio Nico e Renata Amaral se preparou para curtir ontem (8/02) o sexto dia de carnaval na capital baiana.


Vindo de Santos, num cruzeiro que aportou no último domingo (9/02) em Salvador, eles não quiseram vacilar quanto à ameaça do vírus da Zika. E, antes mesmo de deixar o navio e dar os primeiros passos pela cidade, salpicaram o líquido esbranquiçado pelo corpo. “Chegamos para curtir o carnaval e seria muito desagradável sermos contagiados pelo Zika em meio à folia. É uma doença que está se espalhando de forma muita rápida e perigosa. Por isso, é importante nos precavermos, principalmente, quanto às picadas do Aedes aegypti (mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika)”, ressaltou Emílio Nico. Veja o vídeo.



Apesar de o clima festivo predominar nas ruas da capital baiana, houve assim como o casal paulista, foliões que, também, mantiveram-se em estado de alerta. Pela primeira vez no carnaval de Salvador, o policial militar, André Amorim, veio de Natal-RN preparado e mesmo, em meio à multidão, ostentava orgulhoso no bolso da bermuda um verdadeiro “Kit Saúde”. Tudo para combater dor de garganta, gripe, dores musculares… Todas doenças comuns na folia.


Para ele, era imprescindível curtir a folia em pleno vigor físico. Veja o vídeo.



Teve gente que apelou até mesmo às forças divinas. Foi o caso de Reginaldo Prata, 40 anos. Trajado com a fantasia dos Filhos de Gandhy, ele pediu à bênção a Oxalá para que as investidas amarosas durante o desfile do Afaxóe tivesse êxito não apenas no momento, mas, principalmente, após a folia momesca. Afinal, segundo ele, “doença não tem cara”. “Então fica difícil, quase impossível, por exemplo, no meio da folia, você descobrir que uma mulher tem herpes”. O microempresário foi ainda mais além. Em seu discurso, enalteceu o uso do preservativo, que, por sinal, teve campanha pesada do Ministério da Saúde – com Slogan “deixe a camisinha entrar na festa”.


Veja vídeo:



Para se ter ideia, o Brasil registrou, em 2015, recorde no número de pessoas em tratamento de HIV e AIDS: 81 mil brasileiros começaram a se tratar no ano passado, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou 97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso significa que, em seis anos, o país praticamente dobrou o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais.


Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Aratu On

O Aratu On é uma plataforma focada na produção de notícias e conteúdos, que falam da Bahia e dos baianos para o Brasil e resto do mundo.

Política, segurança pública, educação, cidadania, reportagens especiais, interior, entretenimento e cultura.
Aqui, tudo vira notícia e a notícia é no tempo presente, com a credibilidade do Grupo Aratu.

Siga-nos

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.