FURDUNÇO! A rua explica e consolida o novo fenômeno do Carnaval: Baiana System
FURDUNÇO! A rua explica e consolida o novo fenômeno do Carnaval: Baiana System
Playsom! Para entender o mais novo fenômeno da música baiana é necessário deixar a batida te levar. Quem dá o play no som fica apaixonado pelas misturas rítmicas que a banda oferece ao público fiel e ciumento. O grupo Baiana System tem fortes influências do cenário alternativo soteropolitano e elementos típicos da Bahia, como a guitarra baiana misturado com o soundsystem.
Afinal, o que é que a Baiana tem? ?A originalidade, a estética do show, a musicalidade e a vibe que é muito boa?, explica Daniel Moraes, fã desde o início da banda.
Além das batidas eletrônicas e influências tradicionais da baianidade, a banda é um aglomerado de carnavais, como dizem os fãs ?eles são os novos, Novos Baianos?.
Muitas questões sociais são levantadas pela banda que arrasta o público jovem. Assuntos voltados à divisão da cidade em alta e baixa e os reflexos sociais causados pela segregação são temas recorrentes nas letras cantadas em largo coro, que nesta sexta-feira (05/2) dominou o Furdunço no Circuito Osmar no Campo Grande.
Como músicas que, por exemplo, falam de PDDU podem balançar a juventude? Pois, não tem como explicar, os próprios fãs ficam sem palavras para descrever.
Então, quem é a massa da Baiana? Um público em mutação constante vai da galera alternativa aos pagodeiros, dos adolescentes até os mais velhos, todos balançam e entram na vibe positiva de Russo, o cantor, e sua trupe.
Essa diversidade veio através do crescimento da banda. Após os hits ?Terapia? e ?Playsom?, pessoas que não costumavam acompanhar o trabalho dos músicos se apaixonaram pela batida eletrônica percussiva. A fama, porém, não agradou ao público que descobriu o fenômeno e o acompanhava desde a gênese.
?Eu acho que todo artista quer ver o seu trabalho reconhecido, atrair a maior quantidade de pessoas, mas também eu acho que a diversidade do público hoje corta a vibe, a energia que era antigamente?, avalia Daniel Moraes, 25 anos.
Decifrar os encantos de um grupo musical que atravessou os espaços alternativos e ganhou outras tribos não é tarefa fácil. O melhor caminho para descobrir essa explicação é o som feito por Russo Passapusso, Robertinho Barreto, SecoBass, Japa System e Ícaro Sá. Como dizemos no início da reportagem: deixa a batida te levar.
Playsom playsom. Já ouviu é dejavú. Agradece mercibocu.