Cultura

Metallica interrompe show no Rock and Rio após problemas técnicos

Metallica interrompe show no Rock and Rio após problemas técnicos

Por Da Redação

Metallica interrompe show no Rock and Rio após problemas técnicosReprodução/Uol

Encarregado de encerrar a segunda noite do Rock in Rio 2015, o Metallica passou por apuros neste sábado (19) no Palco Mundo. Após um apagão no som dos instrumentos de todos os integrantes, a banda teve de sair do palco e interromper o show por cerca de cinco minutos, durante a execução de “King Nothing”.


Após a primeira de três falhas, o grupo chegou a continuar o show, mas, após um solo do guitarrista Kirk Hammet, não teve jeito: o Rock in Rio 2015 ouviu suas primeiras vaias, várias delas endereçadas a Roberto Medina, criador do festival.


Resolvido o problema, o vocalista e guitarrista James Hetfield voltou com a clássica “The Unforgiven”, que fez o público esquecer os momentos de tensão. No palco, o Metallica foi profissional. Não reclamou nem comentou sobre o ocorrido, uma das maiores falhas do sistema de som na história do evento. Segundo nota divulgada pela assessoria do Rock in Rio, a parada ocorreu pela “desconexão da linha de saída de som entre a mesa da banda e a do festival”.


Alheios ao problema, o Metallica entregou seu tradicional show retrospectivo, com faixas de todos os álbuns da carreira – e atraso de 45 minutos, repetindo a demora do Queen no último sábado.


O show é o terceiro consecutivo da banda na edição brasileira do Rock in Rio. Roteiros parecidos. Energia vinda da plateia, idem. Se o Metallica parece fazer sempre a mesma apresentação no país, é impossível dizer que a estratégia não funciona.


O diferencial da vez foi o contato mais próximo com o público. De cima do palco, dezenas de fãs convidados acompanharam de perto o grupo, numa releitura improvisada de seu antigo “snake pit” – espaço utilizado na turnê do álbum “Metallica” (1991), conhecido também como “Black Album”.


A execução de “One”, do álbum “?and Justice for All” (1988), foi o primeiro ápice do show, registrada por um cardume de telefones celulares em meio a fumaça cênica. Tempos modernos. Mesmo sem a clássica “Creeping Death” no setlist, os fãs da década de 1980 não tiveram muito do que reclamar com a trinca “Master of Puppets”, “Fade to Black” e “Seek & Destroy”.


O show teve ainda a volta de “Whiskey in the Jar” ao repertório, dedicada Cliff Burton, antigo baixista da banda que morreu em 1986 – a música, que é uma canção tradicional irlandesa, foi tocada pela primeira vez no Brasil no ano passado, na turnê “Metallica By Request”.


Ao fim, fogos de artifício em “Enter Sandman”, cantada em uníssono, e a promessa que alentou quem já se cansou da mesmice do Metallica: a próxima vinda ao Brasil será com um novo disco de estúdio. Agora, hora de férias para a banda, que deixou para o Rio de Janeiro ser a casa do último show do grupo neste ano.


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