
O 'B' não é de Beyoncé. Vamos conversar sobre gênero e sexualidade?
Atualizado em 14 de mai. de 2021 19h20
Publicado em 14 de mai. de 2021 19h00
Atualizado em 14 de mai. de 2021 19h20
Publicado em 14 de mai. de 2021 19h00
A primeira coisa que quero trazer para vocês são os conceitos básicos de como a gente pode tratar e dialogar com a comunidade LGBTQIAP+ no nosso cotidiano, porque é importante que a gente perceba que qualquer 'expressãozinha' fora do lugar pode ferir a humanidade de alguém. E eu tenho certeza que quem é de boa fé e tem bom coração não quer fazer isso.
Primeiro, a gente tem que separar o que é órgão biológico (que é o que você nasce); sexualidade (o que você sente de prazer e afeto); e gênero (o que você é no seu dia a dia, a sua expressão).
A sexualidade tem algumas variáveis. A pessoa pode ser hétero, gay, bissexual, pansexual, entre outras.
Quando a gente fala de sexo biológico, é possível nascer com um, com outro, ou até mesmo com os dois. Além disso, é importante levar em consideração que, para além do sexo biológico, existe o sistema reprodutivo que nem sempre corresponde ao sexo biológico, e também a ordem cromossômica. Esses são fatores interessantes que a gente vai poder ver quando o assunnto for intersexualidade, um outro ponto muito bacana.
Por fim, o gênero é a sua expressão social, masculina ou feminina. Esse ponto também é importante para que a gente desnude a ideia de que gênero é uma ideologia - algo que a gente ouve muito falar por aí, de quem pensa que é para "doutrinar" as pessoas, quando, na verdade, o conceito de gênero diz muito sobre as vivências dos mais variados corpos. Se você disser que uma mulher é mulher por simplesmente ter uma vagina, você está deixando de levar em consideração que ela pode ser branca, negra, trans... e cada corpo desse tem uma vivência diferente. Gênero diz respeito à essa construção.
Tudo isso é fundamental para percebermos o seguinte: cada pessoa tem seu tempo para entender como vai se sentir no mundo.
A 'conversa' completa você confere no vídeo acima. Nos vemos em breve!
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.
Onã Rudá é nordestino, filho de Odé, ativista antirracista e LGBTQIAP+. Ele também é midiativista e fundador da Torcida LGBTricolor, do Bahia.
Instagram: @onaruda2