
Primeiro presidente negro do Brasil, Nilo Peçanha não assumia identidade racial
Atualizado em 12 de mai. de 2022 18h30
Publicado em 12 de mai. de 2022 18h20
Atualizado em 12 de mai. de 2022 18h30
Publicado em 12 de mai. de 2022 18h20
Foto: reprodução
Primeiro presidente negro do Brasil, Nilo Peçanha não assumia identidade racial
— Aratu On (@aratuonline) May 12, 2022
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É ano eleitoral e, nas principais candidaturas à presidência, uma das coisas que não passa batida é a ausência de pessoas negras. Em específico, na presidência, uma das poucas vezes - ou a única vez - que uma pessoa negra ocupou esse lugar foi Nilo Peçanha.
Carioca, com experiência em política, ocupou a presidência da República após a morte de Afonso Pena, em 1909, de quem era vice. Com 17 meses no comando do Brasil, criou o primeiro órgão de proteção de indígenas e nunca assumiu a sua identidade racial. Mas, a maioria dos ataques que recebia eram de cunho racista.
Ele também criou o primeiro movimento político personalista. Só depois da sua morte, aos 56 anos de idade, que seus seguidores, os "niilistas", levantaram a temática da sua origem e identidade racial.
Nilo Peçanha chegou a concorrer à presidência da República outra vez, mas não ganhou. Dizem que tem outros ex-presidentes que também negaram a sua origem racial, mas isso eu conto pra vocês em outro momento.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.
Onã Rudá é nordestino, filho de Odé, ativista antirracista e LGBTQIAP+. Ele também é midiativista e fundador da Torcida LGBTricolor, do Bahia.
Instagram: @onaruda2