
O mundo está pedindo cor
Atualizado em 19 de out. de 2021 17h04
Publicado em 19 de out. de 2021 17h00
Atualizado em 19 de out. de 2021 17h04
Publicado em 19 de out. de 2021 17h00
ilustrativa/Pexels
Após um período mundial sombrio, onde a sociedade viveu sob tensão e perdas, o verão está chegando e as cores estão transparecendo o escape emocional de muita gente.
Cada cor abstrai do subconsciente coletivo uma sensação. Essas respostas imagéticas das cores tem motivos construídos durante séculos. Entretanto, a construção individual, diante de experiências diversas, pode fazer com que a pessoa vá de encontro ao que uma sociedade entende.
As cores fortes, brilhantes, e até o brilho mesmo, já foram usadas em outros períodos históricos onde a sensação de “curtir a vida” já se manifestou. No período pós guerra tivemos o movimento da Disco Dance que contrastava com o esoterismo dos Hippies. Esses dois movimentos cultivavam a vida por vieses diferentes, mas os dois tinham como proposta de visual uma moda colorida.
Pois bem, cor está na moda. A primeira delas o VERDE. E porque ele? O verde da esperança de dias melhores e da fertilidade. Da vida… folhas novas que nascem. Em suas diversas variações: o verde lima, o verde abacate, o verde primavera. Tem verde para agradar todos os gostos.
O laranja também tem sido muito citada para este verão. A cor do budismo, mas também do por do sol. Uma que não costuma ser lembrada antes do vermelho ou do amarelo mas não deixa de ser importante justamente por juntá-las. Apaziguando o perigo do vermelho e acendendo a luz do amarelo. É portanto o laranja uma cor agradável, combinação de luz e calor.
O azul é uma das cores mais citadas como preferida. É a cor do céu e do mar, que nos remete à imensidão do infinito e nos acalma. É uma cor também associada à religiosidade inalcançável, o celestial.
O rosa que está sendo visto mais facilmente hoje nas vitrines é o pink, que nos remete ao dinamismo, à criatividade. Mesmo a sociedade atribuindo o rosa à feminilidade, quando o o rosa é mais vibrante, temos uma quebra de expectativa. Não é à toa que ele também é chamado de “rosa choque”. Essa delicadeza que a sociedade atribui à feminilidade é demonstrada quando usamos o rosa bebê ou do rosa seco.
Como muitos signos na moda as cores tem referências que simbolizam o que nos despertam as sensações. Citei apenas essas três cores, mas neste mundo pós pandêmico as cores reinarão.
Ficam as questões: você vai usar a cor que está na moda? Usara cores que tem a ver com seu estilo? Ou sequer usará cores “vivas” mantendo-se nos neutros?
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.
Kika Maia é formada em Direito pela Ucsal, mas se apaixonou pela moda quando começou a empreender em moda plus size. Se formou Consultora de Moda e Imagem e deu segmento aos estudos sendo pós-graduanda em Design de Produto de Moda. Já deu aulas sobre Cultura da Moda, Materiais Texteis e Marketing de moda, além de palestras que abrangiam diversos temas como Gordofobia e Moda para Terceira Idade.
Mulher que vive o universo feminino, é mãe de duas meninas. Admiradora de mulheres que lutaram e lutam pela potência feminina e equidade de gênero. Acompanha de perto questões relacionadas à autoestima das mulheres, incluindo as mulheres gordas, a diversidade, o feminismo e a revolução que isso vem causando em todo contexto social.
Instagram: @kikamaiaplus