VOLTAR PARA COLUNISTAS ONUm reduto para amantes do porco
Por Daniela Castro
Atualizado em 16 de jan. de 2022 17h55
Publicado em 16 de jan. de 2022 14h50
VOLTAR PARA COLUNISTAS ONFoto: Daniela Castro
Já passou o prazo de desejar “Feliz Ano Novo”, né? Sim, já deu. Mas esta é a primeira coluna do ano e vale ainda o clima de recomeço pra recomendar uma ida a "O Porco", restaurante do chef Sandro Borges, que fui conhecer justamente no dia 1º de janeiro.
O nome já diz tudo, o suíno é o grande rei do menu, que tem até sobremesa com bacon – uma mousse de chocolate que eu não experimentei, mas entrou na lista para a próxima visita.
De entrada, fui de Cubinhos da Felicidade (cubos de barriga assados e envoltos em molho barbecue de melancia com minipães). Digamos que eu esperava ficar mais feliz. A carne é saborosa, mas fiquei na expectativa de um plus do barbecue de melancia, que na real é muito sutil. O preço é R$ 34.
Para o prato principal, escolhi o que leva o nome na casa, "O Porco" (pedaços de leitão desossado e assado lentamente, servidos com farofa crocante de bacon, arroz de suã, couve refogada e geleia de pimentão com raspas de limão siciliano). Aí, sim! A tábua de madeira em forma de porquinho já ganha o coração da pessoa. E, o mais importante, a carne e as guarnições muito saborosas se completam bem no prato. O carro-chefe da casa custa R$ 62.
Os pratos, pelo que comi e observei, servem bem duas pessoas e têm preços razoáveis. Gostaria de ter experimentado mais itens do cardápio, o que pede uma turma maior para dividir – o leitão baby inteiro que me aguarde!
Mas aviso aos navegantes que a conta vai ficar salgada se você se empolgar na bebida. Os preços de uma cerveja lonk neck (R$ 15,90) e de uma roska com vodca nacional (R$ 27,90) são proibitivos. Entendo que a proposta do lugar é focar na gastronomia, mas uma coisa puxa a outra e, assim, fica puxado!
No mais, vale a visita pelo menu bem cuidado, pelo ambiente elegante e pelo atendimento atencioso. Agora anote: O Porco Restaurante (Rua Território do Acre, 101- Pituba); informações: (71) 3901-1080 / 99904-5750; @oporcooficial71.
QUENTINHAS
Projeto Donas do Sabor encerra temporada
Este domingo (16/1) é o último dia para conferir o restaurante-conceito do projeto Donas do Sabor, no Shopping Barra. No menu, o público confere pratos idealizados pelas chefs embaixadoras do projeto e executados pelas chefs do restaurante Mãe. O funcionamento é das 12h às 23h.
Obra de Manuel Querino é tema de curso
A Escola do Gosto está com inscrições abertas para o curso "Manuel Querino e a diáspora no Recôncavo", que pretende trazer um panorama dos elementos que resultam nas várias cozinhas afro-americanas. O curso se divide em dois encontros online, nos dias 17 e 24/1 (segundas-feiras), às 19h, e o investimento é de R$ 270. Inscrições e mais informações em @escola.dogosto.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.
Daniela Castro estudou Jornalismo e Gastronomia na Universidade Federal da Bahia, onde também obteve o título de Mestra em Cultura e Sociedade. Com mais de 20 anos de experiência, passou pelas redações dos jornais Correio e A Tarde, atuando como repórter de cultura e gastronomia – essa dobradinha é seu prato preferido! Também já colaborou com a revista Vogue e é coautora do livro “Águas de Comer: peixes, mariscos e crustáceos da Bahia” (Senac SP, 2016). Sua trajetória também inclui a participação em eventos e concursos de gastronomia em Salvador, além da atuação em comunicação corporativa.
Instagram: @pimentaecominho
E-mail: daniela.castro@pimentaecominho.com.br
![Equipe do Nordeste de Amaralina, o Colorado, superou na disputa de pênaltis o time do Leão – de Simões Filho por 5 a 3 – e avançou, na tarde deste domingo (15/5), para a próxima fase da Liga dos Campeões de Futebol de Várzea.
Momento de emoção aconteceu durante a partida: no minuto 11, número da camisa utilizada por Danilo Pereira, o saudoso Papa ou Papashow, atleta do Colorado, o jogo foi paralisado, quando todos em campo prestaram uma simbólica homenagem ao jogador, vítima da violência na capital baiana.
A homenagem foi repetida, também, aos 11 minutos do segundo tempo. Presente na Arena do Sesc, o pai do jogador agradeceu o carinho. "Ele tinha o sonho de jogar futebol, fazia isso por amor e teve o sonho interrompido [...] Só Deus pode dizer o motivo", disse Raimundo Damascena.](https://scontent-iad3-1.cdninstagram.com/v/t51.29350-15/281651858_126344516697300_5059075054056986532_n.jpg?_nc_cat=108&ccb=1-6&_nc_sid=8ae9d6&_nc_ohc=oIGOA8mIbQQAX-mZ7g0&_nc_ht=scontent-iad3-1.cdninstagram.com&edm=ANo9K5cEAAAA&oh=00_AT8D0L1FwTdTv6U1NOzThbkW7vtO4c3O6jf7OkX1KWArPA&oe=6287A50D "Equipe do Nordeste de Amaralina, o Colorado, superou na disputa de pênaltis o time do Leão – de Simões Filho por 5 a 3 – e avançou, na tarde deste domingo (15/5), para a próxima fase da Liga dos Campeões de Futebol de Várzea.
Momento de emoção aconteceu durante a partida: no minuto 11, número da camisa utilizada por Danilo Pereira, o saudoso Papa ou Papashow, atleta do Colorado, o jogo foi paralisado, quando todos em campo prestaram uma simbólica homenagem ao jogador, vítima da violência na capital baiana.
A homenagem foi repetida, também, aos 11 minutos do segundo tempo. Presente na Arena do Sesc, o pai do jogador agradeceu o carinho. \"Ele tinha o sonho de jogar futebol, fazia isso por amor e teve o sonho interrompido [...] Só Deus pode dizer o motivo\", disse Raimundo Damascena.")
![O fim da escravidão legalizada no Brasil foi um processo construído por pessoas negras, um ponto que especialistas consideram fundamental ser lembrado no dia 13 de maio, data da abolição da escravidão.
“Ao longo das últimas décadas, têm aumentado as percepções sobre a ação política dos escravizados, inclusive o próprio 13 de maio”, enfatiza o psicólogo Márcio Farias, que coordena a coleção Clóvis Moura na Editora Dandara.
O 13 de maio é alvo de disputas por ser uma data oficial usada como uma espécie de “ação redentora de uma elite, dos setores dominantes, frente ao que foi o horror da escravidão”, diz Farias.
Segundo o pesquisador, por isso, os movimentos negros precisaram contestar a celebração no sentido em que a abolição estava sendo apresentada como uma benesse concedida pela monarquia à população negra.
“Talvez seja uma data das mais emblemáticas naquilo que são as disputas de projetos de país colocados, de um lado, por setores das elites dominantes, classes possuidoras de riquezas e poder, e por outro lado também reflete como os setores da classe trabalhadora, ao longo do século 20, foram se posicionando frente a essa data, como uma plataforma de disputa de projeto de sociedade”, comenta.
O historiador Rafael Domingos Oliveira, que faz parte do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Afro-América, destaca que a promulgação da Lei 3.353, em 13 de maio de 1888, acontece em um contexto histórico amplo, que envolve séculos de luta das pessoas escravizadas.
“O percurso histórico até ela [Lei Áurea] foi muito mais longo e, se quisermos ser rigorosos, começou com a primeira pessoa a ser escravizada e que, certamente, tentou resistir de todas as formas à nova condição a que estava sendo submetida. Desde então, foram muitas as estratégias de resistência -- individual e coletiva – de que as populações escravizadas lançaram mão para conquistar sua liberdade.”
MOVIMENTO SOCIAL
De acordo com o historiador, a pressão para o fim da escravidão veio de diversas formas, desde a resistência direta até os movimentos que lutavam a partir da imprensa, da política e do Judiciário.
Confira a matéria completa em www.aratuon.com.br
#AratuOn #13DeMaio #LeiÁurea](https://scontent-iad3-1.cdninstagram.com/v/t51.2885-15/280614624_1069145154002032_6741446534024128148_n.jpg?_nc_cat=100&ccb=1-6&_nc_sid=8ae9d6&_nc_ohc=_9ooCbg3v6cAX-be7gT&_nc_ht=scontent-iad3-1.cdninstagram.com&edm=ANo9K5cEAAAA&oh=00_AT9oXivvssO-SOeRJmv_QH986dzhJCDkLxQRNxfBQwkXvQ&oe=62881258 "O fim da escravidão legalizada no Brasil foi um processo construído por pessoas negras, um ponto que especialistas consideram fundamental ser lembrado no dia 13 de maio, data da abolição da escravidão.
“Ao longo das últimas décadas, têm aumentado as percepções sobre a ação política dos escravizados, inclusive o próprio 13 de maio”, enfatiza o psicólogo Márcio Farias, que coordena a coleção Clóvis Moura na Editora Dandara.
O 13 de maio é alvo de disputas por ser uma data oficial usada como uma espécie de “ação redentora de uma elite, dos setores dominantes, frente ao que foi o horror da escravidão”, diz Farias.
Segundo o pesquisador, por isso, os movimentos negros precisaram contestar a celebração no sentido em que a abolição estava sendo apresentada como uma benesse concedida pela monarquia à população negra.
“Talvez seja uma data das mais emblemáticas naquilo que são as disputas de projetos de país colocados, de um lado, por setores das elites dominantes, classes possuidoras de riquezas e poder, e por outro lado também reflete como os setores da classe trabalhadora, ao longo do século 20, foram se posicionando frente a essa data, como uma plataforma de disputa de projeto de sociedade”, comenta.
O historiador Rafael Domingos Oliveira, que faz parte do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Afro-América, destaca que a promulgação da Lei 3.353, em 13 de maio de 1888, acontece em um contexto histórico amplo, que envolve séculos de luta das pessoas escravizadas.
“O percurso histórico até ela [Lei Áurea] foi muito mais longo e, se quisermos ser rigorosos, começou com a primeira pessoa a ser escravizada e que, certamente, tentou resistir de todas as formas à nova condição a que estava sendo submetida. Desde então, foram muitas as estratégias de resistência -- individual e coletiva – de que as populações escravizadas lançaram mão para conquistar sua liberdade.”
MOVIMENTO SOCIAL
De acordo com o historiador, a pressão para o fim da escravidão veio de diversas formas, desde a resistência direta até os movimentos que lutavam a partir da imprensa, da política e do Judiciário.
Confira a matéria completa em www.aratuon.com.br
#AratuOn #13DeMaio #LeiÁurea")