Saúde e Bem-Estar

Autoestima feminina: uma questão muito mais complexa que a preocupação com a aparência

Colunista On: Dra. Tina BatalhaGinecologista, especialista em medicina estética e cirurgia íntima
Autoestima feminina: uma questão muito mais complexa que a preocupação com a aparência

A complexidade da mente feminina exige muito cuidado em nossa tentativa de rotulá-la ou querer entendê-la completamente. Cada pessoa é o que é hoje, fruto de toda a experiência de sua vida, sua história, modo de criação, cultura, vivência e desejos. Hoje, se exige que todas sejam uma SUPER MULHER!


Antes, boa mãe, boa dona de casa e boa esposa. Hoje, além de acumular esses papéis, a mulher precisa ser uma profissional de ponta, antenada ao que tem de mais moderno, socialmente estar em dia com os compromissos, esteticamente linda aos padrões "televisivos", fazer atividade física e sexualmente ativa com a libido "nas alturas".


Óbvio que esse padrão é impossível de se manter 24 horas por dia, 365 dias por ano.


Óbvio que você não precisa estar cumprindo um padrão esperado por ninguém.


Óbvio que cada um deve procurar o que te faz feliz e viver plenamente essa escolha.


Mas, o que vemos na prática?


Mulheres se cobrando para serem algo que a sociedade espera que elas devam ser. Toda essa pressão, por sua vez, abala sua autoestima por não conseguirem atingir a meta alheia. Vemos mulheres fazendo uso indiscriminado de hormônios para terem o corpo perfeito e a libido que se vê nas novelas.


A autoestima feminina é muito mais complexa do que usar hormônios, é muito mais complexa do que os olhos podem ver. A baixa autoestima faz com que a pessoa não saiba tomar decisões, não saiba ficar sozinha, não consiga traçar e alcançar metas além de influenciar à submissão.


E o que vemos na prática? Disfunções sexuais, distúrbios de humor, ansiedade e depressão.


A mulher precisa se perceber e sentir suas próprias competências e habilidades. Precisa se fortalecer e, independentemente da vontade alheia, trilhar o seu caminho. À medida que essa autoestima cresce, ela desenvolve também a criatividade, a ambição, a saúde física e mental, além da satisfação pessoal. 


Com autoestima estável, se conhecendo melhor e sabendo o seu valor de forma positiva e realista, passa a assumir os seus "defeitos e limitações". A partir dessa consciência, ela é capaz de viver sem necessidade de comparações com terceiros, nem depender da aprovação dos outros. É a satisfação pessoal propriamente dita, que não se baseia na beleza exterior, no talento intrínseco, na inteligência extraordinária, na sua popularidade ou no seu status social.


Não estou falando de feminismo ou empoderamento feminino; estou falando de algo que escuto todos os dias no meu consultório: mulheres querendo trilhar caminhos sem rotulações, mulheres escolhendo não serem mães, mulheres em paz com o seu corpo arredondado... Estou falando de se estimular a AUTOESTIMA FEMININA para finalmente termos uma mulher vivendo de forma inteira. Corpo e alma interligados em prol da sua vida plena!


*Este material, não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.


Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Dra. Tina Batalha

Dra. Tina Batalha

Vice-presidente da Associação Brasileira de Cosmetoginecologia - ABCGIN, Professora da Universidade Internacional de Atlanta (EUA) e sócia da Clínica EMEG. Possui pós-graduação em Medicina Estética pela SBME (Sociedade Brasileira de Medicina Estética); em Colposcopia pela SOBACI (Sociedade Bahiana de Citopatologia), e em Patologia do trato Genital Inferior e Colposcopia pela UFBA. 

Instagram: @dratinabatalha
 

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