A guerra das instituições federais causa insegurança jurídica no cidadão brasileiro
Foto ilutrativa: José Cruz/Agência Brasil
O Brasil está atravessando aquela que, certamente, é a maior crise institucional de sua história recente, principalmente após as conquistas democráticas com a Constituição Federal de 1988. Desde então, jamais vivenciamos um momento de tamanha insegurança jurídica.
A guerra entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário está estampada em nossas caras e não sabemos quando e que fim terá. De um lado, temos um presidente da República, democraticamente eleito pelo maioria do povo brasileiro, que não consegue governar. Em outra ponta, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), legítimos guardiões da nossa Constituição, mas que nunca em nossa história tiveram suas reputações tão desgastadas, desmoralizadas e desrespeitadas. Temos ainda o Congresso Nacional ocupado por deputados e senadores que não assumem seus fundamentais papéis de legislar para garantir a ordem pública e promover a segurança jurídica, evitando assim a onda de caos, pânico e instabilidade econômica.
No centro desta batalha, os cidadãos acompanham guerras de narrativas televisionadas ao vivo, com direito a agressões e acusações pessoais que, por si só, já impediriam nossos representantes públicos de exercerem funções de tamanha importância. Verdadeiros constrangimentos ilegais.
Nossas instituições deveriam gozar da mais alta e respeitada presunção da verdade, representantes da legalidade, da segurança jurídica, provedores da paz social. Mas o que assistimos é uma situação completamente inversa. Com egoísmo, olham apenas para seus próprios umbigos e interesses próprios.
E como nós, o povo brasileiro, ficamos diante disso? Quem vai nos representar? Aceitaremos passivos a posição de massa de manobra?
A crise é muito grave e já ultrapassou os limites da razoabilidade. Estamos sofrendo consequências desproporcionais e a hora de nos posicionarmos e buscar a mudança que queremos é agora. Temos que assumir nossas responsabilidades coletivamente, empreendedores, trabalhadores, todos os cidadãos brasileiros.
Mais uma vez, vamos ter que nos reinventar. Não vamos jogar a toalha. Para isso, precisamos reaprender a ter consciência participativa. Só assim, teremos representatividade e as nossas vozes respeitadas.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.