Pelo direito de odiar o próximo
Foto: Ilustrativa/Pexels
O ódio é a nova tendência, o novo vírus que vem se espalhando rapidamente no seio social e nas famílias.
A política é só um novo álibi. Na real, nem precisava dela. As pessoas já se odiavam antes, mas agora ficou engraçado e banal xingar, ameaçar, ferir, ser preconceituoso, violento e ríspido.
Nas redes sociais, nada é mais democrático que o ódio! Tem para todo tipo de freguês. É só escolher uma cor (a preta é a preferida), uma orientação sexual, posição política e mandar ver nas palavras ofensivas contra o primeiro inimigo virtual que aparecer!
O mais "legal" do ódio é que ele não segue uma lógica. Posso odiar Caetano, xingar ele no Twitter e depois relaxar ouvindo Leãozinho.
Parece engraçado né? Mas ele MATA!
Hoje vejo pessoas próximas passando a andar armadas em nome de uma guerra imaginária. Pessoas pacíficas falando em tom de fúria. Pessoas públicas incentivando inimizade em nome de ideais completamente vazios. Vejo parentes deixando de se falar por questões políticas.
E afinal, qual o nosso papel? Qual o papel de quem está fora dessa tendência cafona e cruel!?
Nosso papel é pontuar SEMPRE! Lembrar a essas pessoas quem elas foram um dia! Lembrar que a família precisa estar unida! Lembrar que as igrejas são lugares de oração. Que a amizade deve estar acima de qualquer escolha política ou pessoal. Alertar um amigo de que as coisas podem e devem ser resolvidas no diálogo e não na bala, na violência. Acalmar os ânimos!
Precisamos reaprender a amar o próximo, ainda que esse próximo pense diferente de nós.
Agora mesmo deve ter alguém me odiando por ter lido esse texto até o final e não concordar com nada que foi dito.
Mas onde houver ódio, que a gente leve o amor, esse sentimento tão fora de moda, mas tão essencial para a vida e para a construção famíliar.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.