A juventude pode fazer história e mudar o futuro
Foto: ilustrativa/Pexels
Historicamente, a juventude sempre foi responsável por grandes transformações sociais. E essa é uma realidade que não se restringe só ao Brasil. Em todo o mundo, acompanhamos a participação dos jovens na construção de mobilizações que pautam diversas mudanças em favor de uma sociedade melhor.
Geralmente é a juventude que está nas ruas, nas comunidades, no debate público, defendendo seus direitos, mobilizando as pessoas e provocando os governos do mundo a terem a responsabilidade de respeitar, proteger e efetivar direitos.
Não são raros os eventos históricos dos quais a juventude foi protagonista. Só aqui em nossa Bahia, nas últimas duas décadas, acompanhamos a “Revolta do Buzu”, responsável por paralisar a cidade por três semanas contra o aumento da tarifa de ônibus urbano e outras grandes mobilizações recentes contra o então Governo Dilma.
Por todo o Brasil, a ocorrência de grandes atos realizados por jovens sempre foram cruciais para conquista de direitos, mudanças de governos e superação de barreiras históricas. Esse interesse do jovem por mudanças para o bem comum sempre foi fundamental para alterar, modular ou estabelecer novas decisões políticas. Sem essas mobilizações, muito possivelmente, aqueles que detém poderes políticos acabam por tomar decisões nada benéficas para o todo.
Em rodas de conversa costumo sempre dizer que: a política é importante demais para ficar só na mão dos políticos. Uma vez que, se você não é interessado pela política, alguém se interessará por você e trabalhará para a tomada de decisões que impactarão diretamente na sua vida. Não adianta tentar viver dentro de uma bolha acreditando que nada poderá te atingir. Todos nós seremos atingidos por decisões políticas que podem ser certas, erradas ou até mesmo pela falta delas.
Assim como as políticas públicas podem ser formuladas para solucionar problemas, elas também podem ser idealizadas para gerar privilégios e ampliar as desigualdades sociais, por exemplo. E se não participamos desses processos, seja opinando em consultas públicas, expondo nossas ideias em redes sociais, debatendo em espaços públicos ou estando presente em mobilizações de rua, tudo pode ser estabelecido sem que seja benéfico para todos.
Se nos mantermos completamente alheios aos processos políticos, temos a grande chance de sermos penalizados sem nem saber como. E é assim que, infelizmente, sempre aconteceu. Cabe a nós ter a consciência de que a nossa participação na política é essencial para os rumos das nossas vidas. Até porque, não é por um simples acaso ou evento sobrenatural que, em determinados governos, temos a acentuação da desigualdade, crescimento da violência, descaso com a educação pública e outros problemas sociais.
Por isso, por mais cansativo ou chato que a política aparente ser, a nossa participação na organização daquilo que define nosso presente e futuro é indispensável para construção de uma sociedade mais justa para todos. Estejamos plenamente cientes de que, essa é uma questão séria demais para ser deixada somente com os políticos.
Assim, sigo na esperança de que, cada vez mais, teremos uma população mais consciente, sobretudo com jovens ainda mais atuantes na política. Afinal de contas, o cenário atual da nossa Bahia e do Brasil pede a mobilização daqueles que sempre foram pilares da mudança: os jovens.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.