Acupuntura, quiropraxia e mais: Práticas Integrativas e Complementares podem promover a saúde e prevenir doenças
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As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) são consideradas tratamentos que utilizam recursos terapêuticos milenares, transmitidos de geração para geração, voltados para prevenir doenças e promover a saúde, através do estímulo de mecanismos naturais por meio de tecnologias eficazes e seguras. Elas emergem com a proposta de trazer um olhar mais amplo sobre o paciente, colocando-o no centro do processo e considerando todos os fatores capazes de trazer adoecimento, sempre respeitando as suas crenças, valores e individualidades. Desta forma, contrapoe o modelo biomédico tradicional, que embora contribua para a redução do sofrimento do paciente e de sua família, tem uma visão fragmentada e incompleta do individuo.
As PIC envolvem diferentes modalidades de atendimento e geralmente são oferecidas aos pacientes de forma integrada a medicina convencional. Dentre as práticas Integrativas e Complementares destacam-se não apenas pelos resultados obtidos, mas também por serem reconhecidas como tais pelo Sistema Único de Saúde do Brasil, a apiterapia, aromoterapia, arteterapia, ayurveda, biodança, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, dança circular, geoterapia, hipnoterapia, homeopatia, imposição de mãos, medicina antroposófica, acupuntura, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, ozonioterapia, fitoterapia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, terapia de florais, crenoterapia e yoga. Cada uma destas práticas oferece uma abordagem diferente e a escolha de qual delas melhor se adequa a necessidade do paciente deve considerar particularidades individuais e da patologia apresentada.
Estudos demonstram que as PIC proporcionam benefícios ao paciente pois podem ser aplicadas nos diferentes níveis do cuidado, desde a promoção da saúde e prevenção de doenças até o seu tratamento, reabilitação e cura. Os profissionais de saúde que trabalham com as PIC estimulam os indivíduos a encontrarem seu bem-estar e equilíbrio, pois entendem que tanto o corpo como a mente têm a capacidade de estar em integração com o ambiente que os cercam e atuarem em prol do próprio indivíduo, num sistema de autoconhecimento e ressignificação dos saberes frente ao processo saúde-doença-cuidado.
Considerando a medicina preventiva, observa-se que esta pode compreender três contextos distintos: (1) prevenção primária; (2) prevenção secundária e (3) prevenção terciária. Sabe-se que a prevenção primária é aquela que ocorre antes do desenvolvimento da doença, buscando sempre eliminar ou minimizar causas e fatores de risco de uma determinada patologia; a prevenção secundária representa o diagnóstico e tratamento precoces, com o intuito de evitar possíveis complicações; já a prevenção terciária refere-se ao controle de uma doença preexistente, geralmente crônica, com o objetivo de evitar complicações e futuros danos. Independente do momento no qual as PIC estejam sendo instituídas, o que se objetiva é a promoção da saúde e a prevenção de doenças, com consequente empoderamento do paciente, estímulo a autonomia e cuidado integral.
Observando os diferentes tipos de prevenção citados, verifica-se que aquele que melhor atende a necessidade da população é a prevenção primária, uma vez que proporciona uma melhor qualidade de vida. Há evidências de que através das PIC é possível obter maior relaxamento, maior bem-estar, e sensação de pertencimento e acolhimento, fatores fundamentais para a humanização do cuidado e das relações interpessoais. Nesta perspectiva, a utilização das diferentes PIC irá proporcionar não apenas uma melhora global do estado de saúde do indivíduo, mas também uma redução da utilização de medicações e do sistema de saúde como um todo, proporcionando maior estabilidade para o indivíduo.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.