O equilíbrio das contas públicas para 2023
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O que pensar sobre as contas do setor público para 2023? Estamos no segundo turno das eleições e o presidente que será eleito terá a dura missão de equilibrar as contas públicas.
O cenário econômico que está sendo desenhado será um pouco mais delicado para o seu enfrentamento e muito mais desafiador do que o atual, e dentre as principais variáveis neste desafio haverá justamente o equilíbrio das contas públicas. A desaceleração da política monetária projeta esse ambiente menos favorável, uma vez que será difícil para manter a atividade econômica e um ritmo de crescimento atual, com uma taxa de juros básicas e um patamar elevado de 13,75% ao ano, pelo menos até os meados de 2023.
Essa previsão do mercado foi confirmada pelo presidente do Banco Central (BC) há algumas semanas. O mundo segue numa desaceleração e o Brasil é sensível a esse cenário. Sendo assim, os riscos são crescentes e as autoridades sabem da atenção que precisam ter para minimizar as consequências.
De acordo com os analistas, as principais promessas dos candidatos à presidência da República não cabem no orçamento de 2023, que foi encaminhado agora pelo executivo ao Congresso Nacional no fim de agosto deste ano. E estouraram a regra do teto de gasto. Nesse sentido, confio no jogo de cintura que o presidente eleito terá para lidar com o equilíbrio das contas e o alinhamento com as suas ações.
Na qualidade de contador, destaco a necessidade de uma reforma tributária de forma essencial para um melhor andamento do próximo governo. Tratando com prioridade, pode-se garantir melhores condições para o país, viabilizando a maior fluidez de impostos que travam a economia e contribuen para o Brasil perder competitividade no cenário internacional. Então, fica a reflexão acerca dos cuidados com o equilíbrio das nossas contas públicas e a proposta - tão sonhada - da reforma tributária.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.