Economia

O reajuste do salário mínimo e o impacto nas finanças pessoais

Colunista On: André LuisContador e Empresário, Presidente do CRCBA
O reajuste do salário mínimo e o impacto nas finanças pessoaisJosé Cruz/Agência Brasil


Iniciamos o ano e o salário mínimo já é R$ 1.302,00, desde o dia 1º de janeiro de 2023. O valor é aplicado a todos os trabalhadores do setor público e privado, além de atualizar os valores daqueles que recebem aposentadorias e pensões.


A Constituição Federal determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo. De forma tradicional, a equipe econômica usa o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do ano atual, para corrigir o salário mínimo do orçamento seguinte. Na qualidade de contador, sempre penso no poder de compra da população. Precisamos entender que o aumento do salário mínimo precisa estar atrelado ao controle da inflação. Imagine aí, aumentando o salário em 30% e os produtos consumidos mensalmente aumentaram em 50%. Compraríamos menos. Ou seja, perderíamos naturalmente o poder de compras.


Uma vez tendo aumento do salário mínimo acima da inflação, uma melhor folga para as decisões seria evidenciada para a condução dos gastos. A correção do salário mínimo apenas pela variação da inflação vem sendo adotada desde 2020. 2019 foi a última vez que foi aumentado acima da inflação. Existe uma proposta de aumento para R$ 1.320,00. Porém, ainda se estuda, junto com a previdência, a viabilidade, até para ver o reflexo das despesas. Caso seja possível, junto ao orçamento, em algum mês - ainda esse ano - possa ser que tenhamos um novo aumento.


Entretanto, nunca pense apenas no aumento do salário mínimo isoladamente, mas também no poder de compra que terá ao longo dos meses com a sua renda. Com equilíbrio no poder de compra da população, ocorrerá um maior consumo que demandará de maior oferta, o que pode provocar mais empregos, e com a taxa de juros alinhada de forma estratégica, poderíamos ter uma economia com um giro satisfatório para a população.


Se as variáveis não ajudarem, siga a orientação de ter cada vez mais equilíbrio com os gastos na busca sempre do essencial. Se liga nessa reflexão!


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André Luis

André Luis

Com mais de 13 anos de atuação na contabilidade baiana, André iniciou sua vida na área acadêmica, com o ensino da matemática e da contabilidade. Com o amadurecimento profissional, após passagens por escritórios de contabilidade, abriu sua primeira empresa, a Ampla Contabilidade. Em 2018, chegou à Vice-Presidência do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia e, na mesma entidade, foi  Presidente no período de 2022 a 2023.

Instagram: @andre.dedeko

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