'PEC dos benefícios': quais impactos para as familias de baixa renda e para a economia?
Foto: ilustrativa/Pexels
Aumento do Auxílio Brasil, vouchers para caminhoneiros, taxistas, entre outros, caracterizam os principais benefícios aprovados no Congresso nacional, visando dar um respeito a quem vem sofrendo muito com a inflação em 2022.
Com custos girando em torno de R$ 41 bilhões, o Brasil deverá comprometer o teto de gastos para tentar resolver um problema de curto prazo, sem levar em consideração que no médio e longo prazo, medidas como essa podem comprometer a nossa economia. Colocar dinheiro para o consumo de forma ilimitada, sem alinhar com o aumento de emprego e de renda consolidada afetará o movimento natural da demanda e oferta para 2023.
Nesse formato se resolve o problema agora, para o controle inflacionário, e criamos um outro desconforto bem maior em seguida. Mesmo com todos os benefícios, se a inflação persistir, a população deverá pagar uma conta muito alta após o final deste ano. 2023 pode começar com o poder de compra da população bem mais baixo, podendo aumentar ainda mais a pobreza.
Na qualidade de contador, a PEC gera informações para a tomada de decisões. Ao estudar os empreendimentos e seus consumidores, percebam que o aumento dos auxílios como o Brasil e gás se fazem necessários para dar oportunidade e alimentação às familias.
Com relação ao combustível, não podemos opinar sobre uma alíquota do ICMS uma vez que dependemos da política internacional e do dólar para formação de preço. Claro que o recurso disponibilizado pelo governo, neste momento, vai ajudar; só trago a reflexão para o entendimento das necessidades reais da população que será beneificada com a PEC, para que possamos entender que o emprego, renda e controle efetivo da inflação poderá ajudar muito mais neste momento tão delicado. Isso ajduaria a ter menos riscos e não ficarmos tão limitados ao final de 2022.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.