Quase totalidade das escolas baianas não reabriram as portas para as aulas semipresenciais nesta segunda, segundo APLB
"Imagine 800 mil alunos da Bahia circulando, transmitindo essa nova cepa, a Delta. É uma falta de bom senso", desabafou coordenador geral da APLB, professor Rui Oliveira.
Pelo menos 95% das escolas da rede pública de ensino da Bahia permaneceram com as portas fechadas, sem alunos e sem professores, na manhã desta segunda-feira (26/7), data em que deveria acontecer a retomada das aulas de forma semipresencial após um período de aulas 100% remotas por causa da pandemia do coronavírus.
Em entrevista ao Aratu On, o coordenador geral da APLB -Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, professor Rui Oliveira, informou que esteve nas escolas Manoel Novais, Central, Severino Vieira, ICEIA, Duque de Caxias e se deparou com todas elas fechadas. Além disso, o sindicalista disse possuir um relatório confirmando que 95% das escolas das grandes e médias cidades da Bahia não retomaram às atividades presenciais.
"A nossa luta é em defesa da vida! Então, quero agradecer as mães e aos pais que não mandaram seus filhos para o corredor da morte. Agradecer aos professores, educadores, todos eles que tomar uma posição de não deixar disseminar a Covid-19. Imagine 800 mil alunos da Bahia circulando, transmitindo essa nova cepa, a Delta. É uma falta de bom senso", desabafou Oliveira.
Ainda em entrevista ao Aratu On, Rui revelou que na manhã da quarta-feira (28/7) haverá uma audiência na Secretaria De Relações Institucionais (Serin) com o secretário da pasta, Luís Caetano, e o secretário estadual da Educação, Jeronimo Rodrigues, para novas negociações sobre a probabilidade de retomada das aulas presenciais ainda esse ano.
"Esperamos que ele possa seguir como foi com o prefeito de Salvador, que depois de muito embate com a APLB ele deve estar assim um passo de um acordo. Onde esse acordo prevê imunizar todos os trabalhadores da educação e 15 dias depois garantir os protocolos de biossegurança e aí sim teremos condições de voltar com as aulas semipresenciais. Então a luta vai continuar. A gente aguarda que o governo do estado tenha a sensibilidade para entrar no diálogo. Só o dialogo constrói." concluiu.
O governo da Bahia investiu R$ 305 milhões na requalificação das unidades escolares para o retorno desta segunda. Segundo o governo, foram realizadas manutenções e adequações que possibilitarão que os alunos sejam recebidos com mais segurança, por conta dos protocolos que foram implantados.
Além disso, o Governo adquiriu termômetros, máscaras, álcool em gel e tapetes sanitizantes; e foram instalados pias e lavabos para a higienização das mãos. Cada turma de estudantes seria dividida em duas, com 50% de ocupação, sendo uma turma formada por alunos cujo nome próprio seja iniciado por letra constante do grupo de letras de “A” a “I” e a outra turma formada por alunos cujo nome próprio seja iniciado por letra constante do grupo de letras de “J” a “Z”. A unidade escolar poderá fazer o ajuste relacionado a esta escala conforme a realidade de cada turma e em função de outro critério que a unidade escolar considere relevante.
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