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28/01/2022 20h50 | Atualizado em 28/01/2022 20h56

Bahia é o segundo estado do Brasil com mais assassinatos de pessoas trans, aponta relatório da Antra

Ao todo, o país considerou 140 mortes consideradas nas análises de 2021. Dessas, 40 fontes não traziam qualquer informação a respeito da idade da vítimas, tendo sido considerados apenas os 100 casos onde onde foi possível identificar a idade.

Bahia é o segundo estado do Brasil com mais assassinatos de pessoas trans, aponta relatório da Antra Foto: Ilustrativa/Pexels
Da Redação

Apesar de ter apresentado uma redução de 32%, a Bahia saiu da terceira para a segunda posição no triste ranking dos estados brasileiros com mais registros de assassinatos de pessoas trans e travestis em 2021. Foram 13 mortes no ano passado, atrás apenas de São Paulo, com 25, conforme relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), divulgado nesta sexta-feira (28/1).

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Imagem: reprodução/Antra

Esta não é a primeira vez que a Bahia ocupa essa posição. Ficou em segundo lugar por dois anos consecutivos, em 2017 e 2018, com 17 e 15 registros, respectivamente. Vale ressaltar que o levantamento da Antra é feito de forma quantitativa, porque o Brasil não produz dados demográficos a respeito da população trans. 

A maioria das vítimas está no Sudeste: 35% delas. O percentual é seguido pelo Nordeste (34%); Sul (8%); Centro-Oeste (11%), Norte (10,5%) e Sul (9,5%). A idade média de pessoas trans assassinadas é de 29,3 anos, no Brasil.

Ao todo, o país considerou 140 mortes consideradas nas análises de 2021. Dessas, 40 fontes não traziam qualquer informação a respeito da idade da vítimas, tendo sido considerados apenas os 100 casos onde onde foi possível identificar a idade.

Desde 2017, 781 pessoas trans e travestis perderam a vida de forma violenta no Brasil, sendo que 281 registros não trouxeram, sequer, dados sobre idade. Por isso, no relatório, a Antra reforça:

"É urgente traçar estratégias de fortalecimento das instituições de luta pelos direitos das pessoas LGBTQIA+, a proteção de defensores de direitos humanos, e pela garantia da sobrevivência da comunidade".

O levantamento é feito a partir de pesquisas em reportagens, que são feitas diária e manualmente, além dos casos registrados por instituições de defesa e apoio da população LGBTQIA+. Confira aqui o dossiê completo.

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Fonte: Da redação